aqui, como sempre.
Nem mais para a esquerda, nem mais para a direita,
nem mesmo na pedra ao lado (que tão colada fica a esta!);
espero-te aqui, como sempre,
porque sei que aqui me vais encontrar mais facilmente;
espero-te aqui, porque foi aqui que sempre ficaste,
que sorriste,
que choraste,
que brincaste comigo,
que segredámos;
aqui,
não por ser o nosso lugar,
mas por se ter feito nosso.
Espero-te,
não por ter esperança,
mas por te dar o benefício da dúvida.
E se um dia voltares
e eu não estiver lá,
vais-te sentar e sentir que estive à espera.
Só por isso, vai(-te) valer a pena.
Nem mais para a esquerda, nem mais para a direita,
nem mesmo na pedra ao lado (que tão colada fica a esta!);
espero-te aqui, como sempre,
porque sei que aqui me vais encontrar mais facilmente;
espero-te aqui, porque foi aqui que sempre ficaste,
que sorriste,
que choraste,
que brincaste comigo,
que segredámos;
aqui,
não por ser o nosso lugar,
mas por se ter feito nosso.
Espero-te,
não por ter esperança,
mas por te dar o benefício da dúvida.
E se um dia voltares
e eu não estiver lá,
vais-te sentar e sentir que estive à espera.
Só por isso, vai(-te) valer a pena.
(@ Castelo de São Jorge, Lisboa, 2008)